Torres del Paine...
Até o nome desse lugar é lindo. Provavelmente esse parque é o mais visitado do
Chile. Eu diria demais visitado porque a quantidade de gente aqui é
impressionante. A partir de 2017 o número dos visitantes que podem acampar
começou a ser regularizada. Principal porta do acesso no parque é a cidade
Puerto Natales. Fica a uns 80 quilômetros do parque e é super turística. As
atividades em toda patagônia em geral é de novembro até abril.
No inverno faz muito frio por aqui e muitos lugares permanecem fechados. Imagina que
até no verão a temperatura pode baixar até -2 graus a noite.
O bom das
montanhas da patagônia é nada de altura. No máximo você chega a 1000 msnm no
Torres del Paine. Isso é muito bom, só que eu entendi isso bem depois. O mal é a
clima que sempre está mudando. Você até pode ver a previsão do tempo mas no
mesmo dia tudo pode mudar várias vezes. As trilhas mais famosas são W de 3-4
dias e O de 7-10 dias. Também há varias opções de 1 dia só. A gente por exemplo
alugou o carro e fizemos umas trilhas curtinhas. Elas são pouco populares
que não tinha ninguém lá. Sem contar uns 4 franceses, mas eles já fazem parte
da patagônia por isso não conto J Nessa trilha eu vi as pisadas de
puma. Acho que ela só anda onde não tem muita gente passando.
Existe
campings pagos e grátis no parque. Tem que reservar tudo bem antes
principalmente durante alta temporada. Campings grátis também precisam de reserva.
Isso que eles chamam de controle de quantidade das pessoas. A entrada é cara,
algo por volta dos 30 USD. Realmente tem que estar preparado. Os campings não
são tão caros, mas a comida dentro deles sim. Também há hotel caríssimo lá
dentro. Enfim, patagônia é cara. Se você quer passar bem tem que levar bastante graninha. Algumas partes de trilha você pode fazer à cavalo. Um trecho
de 5 km custava 75 USD. No, gracias!
Eu fiz um
plano maravilhoso e bem pensado sobre como ver o máximo possível no parque,
mas o universo tinha outros planos para mim. A ideia era alugar o carro e cortar os
gastos com o transporte público (que também é caro, claro) e dormir dentro do carro 1 noite, economizando com a hospedagem. Só que tudo foi pro caralho quando
descobrimos que a roda do carro quebrou. Uns 40 km antes que a gente percebeu.
As estradas para chegar no parque e dentro são péssimas. Com outras coisas a
gente tive muita sorte. Principalmente com clima. Dia sem nuvens aqui no parque é
algo pouco provável. Dormimos dentro do parque em frente de administração,
falamos com os guarda-parques que contaram muitas historias. Sem luz, sem internet
tem que contar historias sobre extra terrestre, as forças mágicas, luzes e outras coisas nada cientificas.
Dia seguinte
fizemos o principal trekking do parque até o base das Torres. É uma trilha beeem pesada e
demora tipo 8 horas. Pesada pra mim porque vi monte de gente com as crianças de
idade diferente. Última parte da trilha não termina nunca. A placa diz que
falta só 1 km, mas esse último km demora como 1 hora e médio. A subida é difícil. Os guanacos ficam rindo de você. Quando finalmente aparecem as torres é
impossível de acreditar que é verdade. São mais parecidas com um jogo de
computador que com uma coisa real. Talvez é uma coisa
mágica. Esse lugar sem dúvida tem muita coisa para mostrar. Adoraria voltar um
dia aqui e fazer esse trekking de 4 dias. É tudo tão turístico e bem organizado que
você nem precisa ter seu próprio equipamento. Se pode alugar tudo em Puerto
Natales: bolsa de dormir, barraca e outras coisas necessárias para fazer
camping num lugar frio.
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