A fronteira entre Chile e
Argentina é bem movimentada,
quase em toda sua extensão; quando o lugar é muito turístico,
como no sul da Patagônia, é mais movimentado ainda! No caminho do Chile para a Argentina, os
policiais pedem aos argentinos descerem
e verificam se eles compraram algo, já que os preços no Chile são mais baixos para várias
coisas, como eletrônicos, roupas,
utensílios de casa, etc.
A rodoviária de El Calafate está cheia de gente:
muitos gringos de todas as nacionalidades
e muitos mochileiros de
todos os lugares do mundo.
Acho que é lindo ser jovem e
viajar para a Patagônia, principalmente se você viaja com euro ou dólar.
Estou brincando, tá? Os mesmos europeus dizem, que os preços na Patagônia
(tanto argentina como chilena), são bastante elevados; mesmo com euro não parece tão barato. Muitos viajantes
buscam economizar, praticando couchsurfing e viajar de carona. Ambas
as coisas funcionam super bem na Patagônia.
El Calafate é a cidade ao lado do glaciar Perito Moreno – o glaciar mais
famoso da Argentina e de toda América do Sul. Não vou dizer que
seja o mais famoso do mundo;
mas ele faz parte do Patrimônio Mundial da Humanidade. Justamente por isso, todos os turistas que vão para El Calafate, obviamente
vêm aqui para conhecer o majestoso Perito Moreno.
El Calafate é uma cidade pequena e super turística; tem rua principal
com muitas lojinhas bonitas, onde eu queria comprar absolutamente tudo! Que bom
que eu não tinha nem dinheiro, nem espaço na minha mochila para todas essas
coisinhas inúteis. Eu consegui levar apenas chocolate e cerveja na minha barriga. Estou ficando cada vez mais esperta nas cervejas artesanais da
Patagônia; em cada cidade, conheço uma ou duas
cervejarias locais.
Um dia é mais que suficiente para conhecer a cidade El Calafate. Entre
os pratos típicos, vale mencionar o famoso cordeiro patagônico. A preparação
desse prato típico da Patagônia se vê em todas as janelas dos restaurantes
locais. Parece com fogo no chão; só que, ao invés de vaca, os argentinos preparam o cordeiro inteiro. Sem dúvida nenhuma, isso é uma delícia! Outro atrativo, é o bar do gelo;
você tem 25 minutos para beber - a vontade - dentro de
um bar feito de gelo. A temperatura
dentro dele não sobe mais que -15 graus;
bem frio mesmo. A última coisa para fazer em El Calafate, é
escolher o seu passeio; além do Perito Moreno, há outros glaciares na região, passeios de barco, caminhadas etc.
O meu sonho era fazer o Big Ice; tour mais caro que
eu já comprei em toda minha vida: U$240 por pessoa. Dentro
desse preço, não estão inclusos nem
a entrada no parque, nem o transporte e nem a comida. Existe Big Ice
na Islândia e em outros lugares do planeta,
onde têm famosos glaciares. Somente há
uma empresa que tem direito de fazer esse tour. Então, eles
podem colocar qualquer preço mesmo – não há concorrência! Na semana que a gente estava em El Calafate, teve uma greve, e a estrada principal estava
fechada. Então nesse dia,
não tinha Perito Moreno para ninguém.
Por incrível que pareça, conseguimos couchsurfing
em El Calafate – a cidade onde tem pouquíssimas pessoas locais e um monte de turistas.
Muita sorte mesmo! El Calafate em si, pareceu até mais caro que Ushuaia, no final das
contas e, definitivamente, gastamos muito dinheiro por causa do Big Ice. Isso é algo para fazer uma vez
na vida! Eu não me
arrependo; foi uma experiência
fantástica!
O Big Ice dura todo o dia e
inclui 3 etapas: 1 hora no mirante principal, passeio de barco de 30
minutos do lado do glaciar e caminhada de 4 à 6 horas, em cima do glaciar. Então,
num dia se pode ver o glaciar em diferentes
ângulos. Ele é gigante, vivo, sempre se escuta os movimentos dele,
principalmente durante a tarde. Há outros glaciares na área, mas o Perito
Moreno é famoso porque tem acesso fácil; existe estrada diretamente até o mirante.
Geralmente, o acesso dos glaciares é muito mais difícil. Também dizem que
Perito Moreno é um dos glaciares mais bonitos do mundo. Até pode ser a verdade; Perito Moreno é lindo demais!
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